sábado, 25 de março de 2017

A Fera Da Penha

Neyde Maia Lopes , que ficou nacionalmente conhecida como "A Fera da Penha", é uma mulher que nos anos 60 foi acusada e condenada a 33 anos de prisão em regime fechado por sequestrar, assassinar e incendiar uma criança de 4 anos nos fundos do Matadouro de Bois da Penha, no bairro de mesmo nome, no subúrbio do Rio de Janeiro.
Tudo começou em 1959. Neyde, à época com 22 anos de idade, era filha única de pais idosos e vivia ainda com eles, sendo uma moça solitária, que tinha insônia e gostava de ler livros de terror e ouvir músicas tristes. A jovem morava em Jacarépaguá e trabalhava no Centro do Rio como comerciária, quando, a caminho de seu trabalho, dentro do trem, conheceu Antônio Couto Araújo, e apaixonou-se por ele na estação Central do Brasil, mas apesar disso, não lhe deu atenção, porém o homem insistiu com mais cantadas e começou a querer conhecê-la, quando, interessada, cedeu as propostas dele.


Por cerca de 3 meses inteiros Antônio a buscava no trabalho e a levava em casa no carro da empresa em que ele trabalhava, no Bairro de Fátima, dizendo para Neyde que o carro era dele. Nesse período eles também se encontravam em motéis do Rio. Nos encontros, além de beber e fumar, Neyde mostrava-se ser uma mulher diferente, pois sempre falava em morte, e perguntava se o amante a beijaria mesmo morta, o que assustava-o.
Após estes meses juntos, Neyde não desconfiava sobre nada que abalasse sua relação com Antônio, quando um dia, indo ao trabalho, ela encontrou um amigo de Antônio, já senhor de idade, que tinha uma filha da idade de Neyde, e que se preocupou com a jovem. Sem entender a preocupação, ele lhe explica tudo, e revela a Neyde que ela está sendo enganada por Antônio, e que ele é casado e pai de duas crianças. A mulher entra em fúria, mas sendo fria e calculista, mantém-se discreta e continua encontrando Antônio sem nada falar a ele. Querendo saber mais sobre a vida do amante, ela pede o endereço da casa dele a esse amigo, que ludibriado com a encenação de Neyde, se fazendo de vítima, lhe dá o endereço. Com isso, ela resolve aproximar-se da família de seu amado, fingindo ser uma velha colega de colégio de Nilza Coelho Araújo, esposa de Antônio. Neyde finge possuir o mesmo nome da esposa do amante, que inocente, cai na conversa da golpista e fala o nome da escola em que estudava, e Neyde confirma. Com a desculpa também de quer quer namorar o irmão de Nilza, Neyde conquista a confiança desta e assim passou a visitar e conviver com os familiares, sem Antônio saber, já que Neyde sabia seu horário de trabalho.

O crime da Fera da Penha



Era a manhã de um feio e frio dia 30 de junho. As pessoas se movimentavam rumo ao trabalho, e a cidade estava despertada há muito, exatamente como toda metrópole que se preze. As pessoas que trabalhavam ou no próprio local, ou nas imediações do matadouro do bairro da Penha, já se encontravam em seus postos e já tinham iniciado suas atividades quando gritos e correrias começaram a chamar a atenção de todos. Ninguém entendia o que estava se passando, mas, quase todo o mundo deixava seus afazeres para saber o que efetivamente acontecia. Até que tudo começou a ficar mais claro. Chocada, a maioria das pessoas próximas ao local foi informada de que, em um terreno baldio, ali pertinho, fora encontrado o corpo de uma criança, ainda sem sexo definido, todo queimado e irreconhecível. A brutalidade da cena chocou até os homens mais rudes acostumados com a matança de animais no abatedouro do bairro, ninguém entendendo como podia ter acontecido uma barbaridade daquela, com uma criança que aparentava, talvez, cinco anos. Logo se saberia, porém, que a criança era um garota de quatro anos, que seu nome era Tânia Maria e que, antes de ter seu corpo incendiado, levara um tiro à queima-roupa na cabeça.

O triste acontecimento se torna um prato cheio para a imprensa. A notícia chegou à população em grandes e dramáticas manchetes, dividindo os noticiários com as eleições de outubro próximo, com a escolha da “Miss Brasil” de 1960, ainda com o caso Aída Curi, com o Crime do Sacopã e com uma estranha história que dava conta de que o mundo iria se acabar no dia 14 de julho próximo. O drama real do assassinato da garota virou uma tragédia, daquelas que sempre povoavam o mundo de Nelson Rodrigues.

Assim que acionada, a polícia não teve muitas dificuldades de chegar ao assassino. À assassina, na realidade. Seu nome, Neide Maria Lopes, idade, 22 anos, estado civil, solteira, profissão, comerciária, motivação do crime: ciúme e vingança. Logo, em menos de vinte e quatro horas, toda a imprensa noticiava a prisão e confissão de Neide, a partir de então conhecida como “Frankenstein de Saia”, “Mulher-Fera”, “Besta-Humana” e, posteriormente, pelo cognome que mais colou à sua figura, “A Fera da Penha”.

Nos próximos dias, toda a história foi desvendada em detalhes, a população ficando cada vez mais impressionada quando os detalhes da trama macabra começaram a ser reveladas em seus aspectos mais sinistros.

Conhecendo a rotina da casa do amante, principalmente os horários em que as duas garotas iam e vinham do colégio onde estudavam, ela bolou um plano diabólico: fazendo-se passar por Nilza, Neide telefonou para a escola, dizendo que Tânia teria que voltar mais cedo para casa e que uma vizinha iria passar por lá para pegar a garota. O pessoal da escola de nada desconfiou, e Neide saiu com Tânia aparentemente despreocupada. Qual não foi a surpresa de Nilza, sua dor, ao ser informada, mais tarde, quando levara o lanche da garotinha, de que Tânia não se encontrava por lá, que saíra mais cedo exatamente como ela havia pedido ao telefone. Reconheceu as feições de Neide conforme descritas pelo pessoal da escola.

Em desespero, entra em contato com o marido, contando-lhe, angustiada, sobre o acontecido. Antônio, na mesma hora, ficou convicto da participação da namorada, mas, como ela sempre se mostrara cordial, não obstante suas cobranças para que ele abandonasse a família, pensou em muita coisa, menos na possibilidade de que ela pudesse fazer algum mal à sua filha.

No entanto, Neide tinha as mais macabras das intenções; levou a garota para diversos locais, inclusive para a casa de uma amiga, ao mesmo tempo em que adquiriu uma garrafa de álcool em uma farmácia por onde passara. Em casa, Antônio e Nilza aguardavam, aflitos, algum contato de Neide ou mesmo alguma notícia da filha desaparecida. A chegada da noite deixou o casal mais angustiado, agora desconfiado e temeroso de que algo de muito ruim poderia ter acontecido.Às oito e meia da noite, Neide decidiu que Tânia Maria tinha que ser sacrificada. 

Inflexivelmente, dirigiu-se ao local acima descrito, sabendo que, àquela hora, ele estaria completamente deserto, e, sem dó nem piedade, agarra o revólver, mira a cabeça da garota, dá-lhe um tiro, após o qual, pega a garrafa de álcool, despeja o líquido sobre o corpo estendido no chão e lhe ateia fogo. Logo abandona o local, dirigindo-se para sua casa.  

As investigações policiais, a cargo do delegado Olavo Campos Pinto, do 24º Distrito Policial, não tiveram muita dificuldade em chegar até Neide, porquanto ela deixara enormes rastros por onde passara. Com uma frieza que impressionou a todos, já que era evidente sua culpa no episódio, negou firmemente as acusações em interrogatório que ultrapassou as doze horas. Negava e negava; protestava inocência, dizendo-se perseguida pelas acusações de Antônio, só porque tivera um caso com ele. Ela só ficou abalada quando confrontada com o revólver utilizado para a perpetração do nefando crime. Olavo Campos, mostrando-lhe a arma, já confirmada ser de sua propriedade, diz a Neide que, se o revólver era dela, somente ela poderia ter praticado o bárbaro ato, porque, além de ter os motivos para tal, ela não tinha álibi para confirmar sua não participação no episódio. Mas ela se negava a tirar a máscara de sua face, dava pistas falsas, chegando a perguntar ao delegado por que tinha que ser ela a assassina e não outra qualquer. Este teve que lhe explicar que um revólver tem raias dentro do cano e que, quando uma pessoa atira, a bala sai girando e o projétil apresenta as marcas das raias do cano. Também, lhe foi mostrado o laudo que confirmava ser de seu revólver a bala assassina. 

quarta-feira, 22 de março de 2017

O caso macabro de Susan Smith


Susan Leigh Vaughan Smith 

1994 - A mãe que afogou os filhos 

A americana Susan Smith, de 23 anos, procurou a polícia da Carolina do Sul afirmando que um assaltante havia levado seu carro com os dois filhos, de 3 e 1 ano. Uma semana depois, o carro foi encontrado num lago. Susan confessou ter jogado o carro ali. Condenada à prisão perpétua em 1995, ainda cumpre pena



(nascida em 26 de setembro de 1971) é uma americana que foi condenada à Prisão perpétua pelo assassinato de seus próprios filhos. Nascida em Union, Carolina do Sul, ex-aluna da University of South Carolina Union, ela foi condenada em 22 de julho de 1995 por assassinar seus dois filhos, um de 3 anos de idade, Michael Daniel Smith, nascido em 10 de outubro de 1991, e um de 14 meses de idade, Alexander Tyler Smith, nascido em 5 de agosto de 1993.  O caso ganhou atenção mundial pouco depois de desenvolvido, devido à sua alegação de que um homem negro havia roubado seu carro e sequestrado seus filhos. Mais tarde, ela alegou que ela sofria de problemas de saúde mental que a fazia perder o juízo.

"Senti que tinha de pôr fim à nossa vida para poupar-nos de sofrimento ou dano."

Ela trabalhava na Conso Products, a maior empregadora em Union, Carolina do Sul, e depois de se separar do marido começou um romance com um colega de trabalho, Tom Findlay, solteiro e rico, 27 anos, filho do dono da Conso Products. Porém, ele não queria criar os filhos dela e escreveu várias cartas para Susan, e em uma delas dizia: “Susan, eu poderia me apaixonar de verdade por você. Reconheço que tem qualidades encantadoras, e acho que você é uma pessoa fantástica. Mas, como já disse antes, algumas coisas em você não são apropriadas para mim, e, sim, refiro-me aos seus filhos”.
 Oito dias mais tarde, às 21:12 de 25 de outubro de 1994, ela disse à policia que havia sido assaltada em seu carro por um homem negro, e que o assaltante levara o automóvel com os filhos. Ela fez apelos lacrimosos na televisão pedindo pelo retorno dos filhos. Também foi feito um pedido pela internet. Após nove dias de investigação policial, (eles desconfiavam que ela estava mentindo, mas queriam acreditar que as crianças pudessem estar vivas), Smith, então com 23 anos, confessou no dia 3 de novembro. Nunca existira assalto nem homem negro.

Ela havia dirigido até o lago John D. Long, trancara o carro com os filhos pequenos nele e empurrara o carro para dentro do lago, onde as crianças se afogaram. Susan escreveu uma “explicação” para sua atitude: “Fiquei muito perturbada emocionalmente. Não queria mais viver! Sentia que não podia mais ser uma boa mãe, mas não queria que meus filhos crescessem sem mãe. Senti que tinha de pôr fim à nossa vida para poupar-nos de sofrimento ou dano...Estava muito apaixonada por alguém, mas ele não me amava, nunca me amou. Era muito difícil, para mim, aceitar tudo isso. Quando estive no lago John D Long, senti um medo e uma insegurança como jamais sentira antes. Queria muito acabar com a minha vida... e... desci do carro e fiquei ali parada, uma pilha de nervos. Desci ao ponto mais baixo quando deixei meus filhos descerem aquela rampa sem mim... Amava meus filhos como todo o meu { coração}. Isso nunca vai mudar...Meus filhos, Michael e Alex, agora estão com o Pai Celestial, e sei que eles nunca mais serão machucados. Como mãe, isso é mais importante para mim do que as palavras podem expressar...Depositei minha total confiança em Deus, e ele vai cuidar de mim”.

O julgamento de Smith começou em 19 de julho de 1995 no Tribunal de Union County. Às 19:55 de 22 de julho, depois de deliberar por duas horas e meia, o júri anunciou o veredicto de condenação por homicídio. Às 14:45 de 27 de julho, Smith foi sentenciada a trinta anos de prisão (na verdade prisão perpétua, mas poderá pedir condicional depois de ter cumprido 30 anos). Com mais exatidão: ela poderá pedir condicional em 4 de novembro de 2024.

Curiosidade: Smith manteve relações sexuais com pelo menos dois carcereiros, e em 2003 postou um anúncio em um website para condenados.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Crianças Perversas - Mary Bell




O nome Mary Flora Bell é uma espécie de sinônimo para crueldade infantil. É o caso mais famoso no mundo de criança com um "possível" Transtorno de Personalidade Antissocial. Tão famoso que uma Lei com o seu nome foi estabelecida na Inglaterra em 2003. 


Mary Bell tinha apenas 10 anos - na verdade, um dia antes de completar 11 anos de idade - quando ela matou a primeira vez. Voltou a assassinar com 11 anos. Suas vítimas foram dois menininhos, Martin Brown de 4 anos e Brian Howe de 3 anos. Houveram outras acusações de tentativas de estrangulamento dela contra quatro meninas. A natureza cruel de seus atos e a pouca idade da garota tornaram o seu caso muito expoente, havendo as mais variadas teorias sobre sua postura social e psicológica. Seria ela um monstro ou vítima das circunstâncias? 

Mary Flora Bell nasceu em 26 de maio de 1967, em Newcastle Upon Tyne, Scotswood, Inglaterra. Nascida em um lar completamente desestruturado, era filha ilegítima de Beth Bell, uma prostituta de 17 anos de idade e mentalmente perturbada, além de ser ausente. Bell nunca chegou a conhecer seu pai. Mary e seus irmãos tratavam o padrasto Billy Bell, como tio, pois assim a mãe dela receberia auxílio do governo. 

Durante a infância, Mary era constantemente humilhada pela mãe devido ao fato de urinar na cama. Betty esfregava o rosto da filha na urina e pendurava o colchão molhado no lado de fora da  casa para todos verem. Beth também levou a filha para uma agência de adoção, mas não conseguiu que a filha fosse adotada. Beth aplicava castigos severos; nas inúmeras tentativas de se livrar de Mary, entupiu a menina de remédios fazendo com que Mary fosse parar no hospital para fazer uma lavagem de estômago. O mais perturbador para Mary era quando Beth permitia - forneceu o consentimento - que ela fosse abusada sexualmente, sendo forçada a participar dos jogos sexuais da sua mãe com os clientes diversas vezes. Isso tudo antes dela completar 5 anos de idade! 



Com isso, Mary desenvolveu seu passatempo favorito: maltratar animais. Além disso, ela adorava espancar suas bonequinhas e não chorava quando se machucava. Aos 4 anos tentou matar um coleguinha enforcado e aos 5 presenciou sem nenhum tipo de emoção o atropelamento de um outro amiguinho. Depois que aprendeu a ler ficou incontrolável. Pichava paredes, incendiou a casa onde morava e torturava animais com maior frequência.

                                                               Norma Bell                                                                  

Em 11 de maio de 1068, Mary Bell era amiga de Norma Joyce Bell de 13 anos (apesar do mesmo sobrenome, não havia parentesco entre elas); as duas brincavam com um primo de Mary de 3 anos, em um abrigo em desuso. A criança aparentemente caiu e machucou a cabeça. No dia seguinte, três meninas de 6 anos brincavam quando foram surpreendidas por Mary e Norma. Mary aproximou-se de uma delas e apertou seu pescoço com força, Norma fugiu deixando Mary sozinha e a polícia foi chamada. Em 15 de maio os policiais conversaram com Mary e Norma.

                               Martin George Brown – A primeira vítima Fatal                    

Em 25 de maio, dois meninos procuravam pedaços de madeira em uma casa em ruínas, quando se depararam com um cadáver de um menino louro; o menino era Martin George Brown de 4 anos. Ele estava deitado próximo a uma janela, com sangue e saliva escorrendo pelo rosto, eles alertaram os operários de uma construção perto dali; um dos operários tentou reanimar a criança, mas o menino já estava morto. Um dos rapazes percebeu quando Mary e Norma se dirigiram para o interior da casa; na verdade, a intenção de Mary era mostrar à amiga seu “trabalho”. Quando elas passaram por entre as tábuas que cercavam a porta, eles as fizeram ir embora. 

As duas então decidiram comunicar a tia de Martin, elas disseram que uma criança havia sofrido um acidente fatal, e que acreditavam que Martin havia morrido.

                                                               Outra foto de Martin                                                                 

A polícia chegou ao local, e viram que Martin havia sofrido várias lesões na cabeça e não havia sinais de violência. A polícia acreditou que a causa da morte fora acidente e o caso permaneceu em aberto. A população exigiu das autoridades que se tomassem medidas para o perigo representado pelos prédios abandonados. 

                                          Prédio onde o corpo de Martin foi encontrado                                         

No dia 26 de maio, aniversário de Mary, ela tentou estrangular uma outra amiguinha mas o pai da menina chegou a tempo de tirar Mary Bell a bofetadas de cima da filha. 

“Foda-se, nós matamos, cuidado Fanny e Faggot”- disse ela. 

Em 30 de Maio, ela bateu na porta da casa dos pais de Martin George e pediu para falar com ele. 

“Martin está morto querida!” disse a mãe do menino. 

“Eu sei que ele está morto. Só queria vê-lo no caixão!” respondeu Mary Bell. 

O comportamento de Mary perante a morte de Martin era estranho, mas ninguém ligou isso à morte misteriosa do menino. 

No dia 27, segunda-feira de manhã, os professores de uma creche no final de Whitehouse Road a encontraram vandalizada. O material letivo e os produtos de limpeza estavam jogados pelo chão, e haviam bilhetes com mensagens grosseiras e confissões de assassinatos:


“ I murder so THAT I may come back” 



“fuch of we murder watch out Fanny and Faggot” 



“ we did murder Martain brown Fuck of you Bastard” 




“ You are micey Becurse we murdered Martain Go Brown you Bete Look out THERE are Murders about By FANNYAND and auld Faggot you Srcews” 





“ Eu mato PARA que possa voltar” 


“ Foda-se, nós matamos, cuidado Fanny e Faggot” 

“ Nós matamos Martain Brown , foda-se seu bastardo” 

“ Vocês estão ferrados, nós matamos Martain Brown, você, Bete, procure por aí, HÁ Assassinos por FANNYE Faggot, seus idiotas” (sic) 

A polícia coletou as notas ameaçadoras. Mais tarde, Mary e Norma assumiriam que elas vandalizaram a creche. Depois do episódio, a escola instalou um sistema de alarme.

               Brian Howe -  Segunda vítima 
Brian Howe, 3 anos.

Dois meses depois, no dia 31 de julho Pat Howe procurava seu irmão, Brian de 3 anos quando Mary perguntou “Você está procurando o Brian?” e ofereceu-se para ajudar nas buscas. Mary, Pat e Norma seguiram para um terreno baldio cheio de blocos de concreto, pois Bell disse que o menino poderia estar brincando ali. O corpo de Brian foi encontrado às 23:10, e Mary Bell conduziu Pat até ali para ver qual seria a sua reação. 

Mary Bell estrangulou até a morte Brian Howe, de 3 anos. Além de estrangulá-lo, a pequena Mary Bell ainda fez cortes em suas pernas e furou seu abdômen marcando um M. O corpo do menino estava coberto de grama, e uma tesoura foi encontrada ao lado do corpo.

                 Começam as Investigações

No verão de 1968 a polícia começou a interrogar os moradores de Scots Wood, principalmente as crianças. No total, mais de 1200 crianças foram ouvidas. O primeiro ponto da polícia foi o depoimento de Norma Bell, ela disse ter estado presente quando Brian foi morto, e disse que um menino matou o garoto. Mary também disse que no dia do crime viu um menino agredindo Brian aparentemente sem motivo, ela também alegou que viu o menino com uma tesoura quebrada. Estava claro que as duas meninas haviam visto Brian sendo assassinado. Antes do enterro de Brian, os policiais interrogaram Norma novamente; dessa vez ela entregou Mary, dizendo que ela havia matado Brian e que levou ela e Pat para o local do crime. 

Mary e Norma foram presas no mesmo 7 de agosto, durante a noite.

                                                       Jornal da época dos crimes                                                           

Mary era uma menina inteligente, divertia-se esquivando das perguntas dos policiais. Durante o seu julgamento Mary chegou a declarar: "Eu gosto de ferir os seres vivos, animais e pessoas que são mais fracos do que eu, que não podem se defender" -, influenciando para que a mesma fosse condenada a prisão por tempo indeterminado, mediante avaliações psiquiátricas. 

“Ela não demonstrou remorso, ansiedade ou lágrimas. Ela não sentiu emoção nenhuma em saber que seria presa. Nem ao menos deu um motivo para ter matado. É um caso clássico de sociopatia,” disse o psiquiatra Robert Orton em seu laudo psiquiátrico. Sociopatia e psicopatia são termos equivalentes na psiquiatria. Alguns especialistas defendem que ambos são transtornos diferentes, já outros dizem tratar da mesma coisa. 

Mary e Norma foram a julgamento pelas mortes de Brian Howe e Martin George Brown no dia 5 de agosto de 1968, o julgamento durou dias. O promotor de acusação Rudolf Lyons comentou sobre o comportamento mórbido de Bell de caçoar da dor dos familiares da vítima; citou também o conhecimento de Bell sobre o estrangulamento de Brian, pois não foi publicamente comentado a causa da morte do garoto.

Juiz Cusack e Promotor Rudolf Lyons.


Peritos encontraram fibras de lã cinza nos corpos de Brian e Martin que eram compatíveis com uma blusa de lã pertencente a Mary, e fibras marrons de uma saia de Norma foram encontradas em um dos sapatos de Brian. Peritos em caligrafia também analisaram os bilhetes deixados na creche vandalizada, e eles confirmaram que Norma e Bell escreveram os recados. A promotoria culpou Mary de influenciar Norma nos atos ilícitos. 

O veredito saiu em 17 de Dezembro de 1968: Norma foi inocentada de todas as acusações; Mary Bell, culpada foi condenada por assassinato em função de redução de responsabilidade. Mary Flora Bell foi enviada para a Red Bank Special Unit, uma clínica altamente segura e de certa forma confortável. Ela ficou sob os cuidados de James Dixon, que de certa forma lhe serviu como um pai. Ela também recebeu visitas da mãe, Betty; que ao perceber a aparência masculinizada de Bell disse: “Jesus Cristo, o que ainda vai ser? Primeiro assassina, agora lésbica?”

                                                      Mary Bell aos 16 anos de idade                                                     

Em 1973, Mary foi transferida para a prisão de Moor Court Open; essa mudança provocou efeitos negativos em seu comportamento. Em 1977 Mary Bell fugiu, perdeu a “virgindade” e foi recapturada alguns dias depois. Ela afirmou que tentou engravidar, e seu companheiro vendeu sua história para os tablóides.

                                              Mary Bell, recuperada 3 dias após sua fuga                                        

                                                        Liberdade                                                         



O tempo passou e após muitos tratamentos e avaliações ela foi liberada em 14 de maio de  1980, com 23 anos. Teve alguns empregos que não foram bem sucedidos, em parte pela preocupação de que voltasse a transgredir, como quando arranjou emprego em uma creche. Mary então arrumou outro emprego como garçonete. 


Mais tarde casou e engravidou; e devido ao seu passado teve que lutar pelo direito de criar sua filha, que nasceu em 1984. De certa forma os anos de tratamento surtiram efeito, e Mary tornou-se uma mãe amorosa.

                                                                Mary Bell já adulta                                                                 .



Ela tem sua nova identidade e endereço mantidos sob sigilo pela “Ordem Mary Bell”, uma Lei criada em 21 de maio de 2003 na Inglaterra que protege a identidade de qualquer criança envolvida em procedimentos legais. Apesar disso continuou tendo problemas com a vizinhança que sempre descobria sua verdadeira identidade. Mary não se livrou de seu passado macabro. Em 2007, depois da morte da sua mãe Mary Bell aceitou ser entrevistada pela jornalista Gitta Sereny, resultando no livro “Gritos no Vazio” que contém sua biografia escrita pela mesma jornalista. Mas o governo inglês evita a comercialização da obra, tentando mantê-la apenas nas mãos de pessoas que estudam temas ligados à psicopatia. 






Acredita-se que o livro rendeu um bom dinheiro à Bell, e tanto esse dinheiro quanto o anonimato causaram controvérsias, principalmente entre os familiares de Martin e Brian.

Mãe de Martin Brown com a foto de seu filho

As últimas notícias que se tem dela é que hoje ainda está casada, é avó e vive sob o medo da exposição.




Caso Junko Furuta


Este crime tem um alto nível de notoriedade no Japão.

OS Criminosos eram menores de idade na época:


Hiroshi Miyano  (Ele mudou seu nome para HiroshiYokoyama )
JÅ Ogura  (Ele mudou seu nome para Jo Kamisaku )
Shinji Minato
Yasushi Watanabe
Tetsuo Nakamura
Kōichi Ihara 

O crime:


Em 25 de novembro de 1988, quatro rapazes, incluindo Jō Kamisaku, então com 17 (Kamisaku mudou de nome depois de ser libertado da prisão), sequestram e mantiveram Furuta, uma aluna de segundo ano em Misato, província de Saitama, por 44 dias em cativeiro. 

Eles a mantinham em cativeiro na casa de propriedade dopais de Kamisaku, localizado no distrito de Ayase Adachi, Tokyo. 

Para evitar uma caçada, Furuta foi forçada a ligar para seus próprios pais e dizer que ela tinha fugido de casa, mas foi com "um amigo" e não estava em perigo. Ele também a fez posar como a namorada de um dos garotos, quando os pais dele estavam ao redor, mas quando ele teve certeza de que não chamariam a polícia, ele deixou cair o pretexto. Os pais do rapaz perceberam que era mentira, mas nada podiam fazer já que um dos raptores, membro da máfia Yakuza, ameaçou usar suas conexões contra seus familiares.

Furuta tentou fugir várias vezes, pedindo ajuda aos pais do rapaz, mas eles não fizeram nada, aparentemente com medo de que a Yokoyama iria prejudicá-los. 

Yokoyama era um líder da yakuza de baixo nível e temiam-no, pois ele alardeou que poderia usar suas conexões para matar qualquer um que interferisse.

De acordo com as suas declarações no julgamento, os quatro deles a estupraram, espancaram com varas de metal e tacos de golfe, introduziram objetos estranhos, incluindo uma lâmpada em sua vagina, fizeram ela comer baratas, beber sua própria urina, inseriram fogos de artifício em seu ânus, forçaram-na a se masturbar, cortaram-lhe o mamilo com um alicate, queimaram-na com cigarros e isqueiros etc. Um dos ataques com queimaduras foi uma punição por tentar chamar a polícia. 

Eles também relataram que "possivelmente uma centena de pessoas diferentes" sabia que Furuta estava presa ali, mas não está claro se isso significa que visitaram a casa em diferentes momentos, enquanto ela estava presa lá, ou sequer estupraram ou abusaram dela. 

Quando os meninos se recusaram a deixá-la ir embora, ela pediu-los em várias ocasiões para "matar (ela) e acabar com isso".
Em 4 de janeiro de 1989, os quatro a espancaram com uma barra de ferro, derramaram fluido de isqueiro nas pernas, braços, rosto e no estômago, e colocaram fogo. Ela morreu mais tarde naquele dia do choque das queimaduras. Os quatro rapazes alegaram que não tinham conhecimento de que ela estava gravemente ferida, e que acreditavam que tinha sido fingimento. 
Em 5 de janeiro, os assassinos esconderam o cadáver em um tambor de 55 galões cheios de cimento, desfazendo-se dele em Koto, Tóquio.

De acordo com as declarações no julgamento, Furuta foi estuprada (mais de 400 vezes) e espancada diversas vezes.

1º dia: Junko é seqüestrada e mantida em cativeiro. É obrigada a mostrar-se como namorada de um dos rapazes e forçada a ligar para seus pais dizendo que fugiu de casa.
Mais tarde, é estuprada, obrigada a comer baratas, beber a própria urina, a se despir na frente de outros, a se masturbar e por fim é queimada com isqueiros e tem objetos inseridos na vagina/ânus.

11º dia: É espancada inúmeras vezes, tem sua face empurrada contra o concreto, as mãos amarradas ao teto e o corpo utilizado como um saco de pancadas. Seu nariz sangrava tanto que Junko só podia respirar pela boca. Halteres (pesos) foram jogados contra seu estômago, vomitou quando tentou beber água (pois seu estômago não conseguia aceitá-la), tentou fugir e foi punida com queimaduras de cigarro nos braços. Um líquido inflamável foi derramado em seus pés e pernas, queimando-os, e garrafas foram inserida em seu ânus, causando ferimentos.


20º dia: Não conseguia andar direito devido às queimaduras graves nas pernas. Fogos de artifício foram introduzidos no ânus e acesos, suas mãos foram esmagadas por pesos e as unhas se racharam. Não bastante, foi espancada com tacos de golfe, varas de bambu, barras de ferro e teve cigarros e espetos de grelhar frango inseridos na vagina e no ânus, causando hemorragias. Ao final do dia foi forçada a dormir na varanda, no frio.

30º dia: Teve cera quente espirrada no rosto, pálpebras queimadas por isqueiros e agulhas transpassadas nos seios. Foi obrigada a arrancar o mamilo com um alicate, lâmpada quente e tesoura foram inseridas na vagina, causando hemorragia grave. Ao final da tortura diária, era incapaz de urinar adequadamente e seus ferimentos eram tão graves que demorou mais de uma hora para rastejar pelas escadas até o banheiro. Seus tímpanos ficaram seriamente danificados e houve uma extrema redução no tamanho do cérebro dela.

40º dia: Implorou aos torturadores que a matassem e acabassem logo com "aquilo".

01/01/1989: Junko passa a virada do Ano Novo sozinha e com o corpo mutilado. Não conseguia mais se mover.

44º dia: Tem o corpo mutilado com uma barra de ferro pelos quatro rapazes, que usam um jogo de Mah-Jong como pretexto. Sangrou pela boca e nariz e queimaram seu rosto e olhos com uma vela. Por fim, jogaram fluído de isqueiro em suas pernas; braços, rosto e estômago, e depois atearam fogo. A tortura final durou duas horas.

Quando a mãe de Junko ouviu a notícia e os detalhes do que tinha acontecido à sua filha, ela desmaiou e teve de se submeter a um tratamento psiquiátrico ambulatorial.


Prisão e punição:

Os rapazes foram presos e julgados como adultos, mas por causa da manipulação japonesa de crimes cometidos por menores, suas identidades foram ocultados pelo tribunal. No entanto, uma revista semanal Shukan Bunshun relatou seus nomes reais, alegando que "OS DIREITOS HUMANOS NÃO SÃO NECESSÁRIOS PARA OS ANIMAIS." 

Kamisaku foi julgado como um sub líder, pelo menos de acordo com o julgamento oficial.

Os quatro rapazes se declararam culpados (para tentar reduzir a pena) de "cometer lesões corporais que resultaram em morte", ao invés de assassinato. Os pais de um dos meninos  venderam a casa por aproximadamente 50 milhões de ienes e deram à família de Furuta. 

 Por sua participação no crime, Kamisaku cumpriu oito anos em uma prisão juvenil antes que ele fosse solto, em agosto de 1999. Em julho de 2004, ele foi preso por agredir um conhecido, a quem ele acreditava ser atrair por  uma namorada de longe que ele tinha, e alegadamente se gabava de sua infâmia anterior. Kamisaku foi condenado a sete anos de prisão pelo espancamento.
Os pais de Junko estavam consternados com as frases recebidas por assassinos de sua filha, e ordenaram um processo civil contra os pais do menino em cuja casa os crimes foram cometidos. 

Quando algumas das convicções foram derrubadas com base em evidências físicas problemáticas (o cabelo pubic sêmen recuperado no corpo não correspondem aos dos rapazes que foram presos), o advogado que lidou com o processo civil decidiu que não havia caso a ser feito e recusou-se a representá-los.

Em Julho de 1990 um tribunal inferior sentenciou o líder a 17 anos de prisão. O tribunal condenou um cúmplice para um mandato de quatro anos para seis, um cúmplice para um mandato de três anos a quatro, e um outro cúmplice de um mandato de tempo indeterminado. 

O líder e os dois primeiros dos três apelaram suas decisões. O tribunal superior deu mais severas penas para os três. 

O juiz, Ryuji Yanase, disse que o tribunal fez isso por causa da natureza do crime, o efeito sobre a família da vítima, e os efeitos do crime sobre a sociedade. O líder recebeu uma sentença de 20 anos, a segunda sentença mais alta possível após a prisão perpétua. 

Dos dois cúmplices, o que originalmente teve quatro a seis anos recebeu um mandato de cinco anos para nove. O outro cúmplice teve a sentença atualizada para um mandato de 5 para 7.


(Devido a muitas reclamações sobre como coloquei essa parte, resolvi mudar um pouquinho e espero que agora esteja melhor e menos ofensivo para quem interpretou errado) Um pouco mais sobre a história:

NADA dá o direito às pessoas de tirar a vida de outras!!! A não ser que essas outras sejam monstros como os "rapazes" que fizeram isso com a Junko são. Sou a favor da pena de morte pra monstros como eles.
Repito: NADA JUSTIFICA o que ocorreu com ela!

Por ter o costume de passar noites fora sem avisar ninguém, o mandado de busca só foi pedido por seus pais na segunda à noite, e testemunhas oculares a viram entrar em um táxi junto a um dos rapazes que a violentou indo em direção de um Motel naquela noite.

O rapaz não portava nenhum tipo de arma que pudesse ser usada para ameaçá-la no momento e se ela quisesse, poderia ter fugido.

Junko costumava andar com membros da Yakuza.

”Sua história é contada como uma espécie de "fábula" para crianças travessas.” 


Eu não concordo com o método de assustar crianças contando histórias de bixo papão e homem do saco, muito menos histórias de meninas que sofreram como Junko.
Não podemos dizer que foi porque ela não tinha uma conduta "moralista ou comportada" que aconteceu isso com ela.
No Caso da Sylvia Likens ela era comportada, não se dava com pessoas da máfia ou de qualquer tipo de delinquência, não era desobediente nem passava dias fora de casa sem avisar.

Retirado e adaptado de:
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Aqui vocês encontram o filme que fizeram sobre o caso para baixar (vide um pedacinho do filme abaixo se tiver coragem):